POR INCRÍVEL QUE PAREÇA

O Furacão entrou em campo contra o Flamengo, no Maracanã vazio, na tarde de domingo (4), e perdeu pelo placar de 3 a 1

 

(Foto: Athletico Oficial)

 

Pior que perder para o Flamengo foi acompanhar a péssima transmissão da rede Globo em relação ao Athletico. A dupla de narração e comentários, embora super competente no cenário jornalístico, como sabemos, não estava preparada - ou fez questão de não estar - para analisar o jogo do time paranaense. 

No intervalo, ao responder o questionamento do narrador sobre “quem se adaptou mais ao jogo no pós pandemia”, o outro comentarista respondeu: “por incrível que pareça o Athletico”. Por que, por incrível que pareça, foi o Athletico? Gostaria de lembrar aos caros Senhores que o Athletico ainda é o atual Campeão da Copa do Brasil, até que outro venha, ISSO SE NÃO CONQUISTAR O BI. Tem um projeto muito bem organizado e delimitado quanto ao seu futebol e sabe aonde quer chegar. Teve superávit em seus últimos balanços, está nas principais competições do país e do continente e durante a pandemia, enquanto todos demitiram e reduziram drasticamente os salários de plantel, comissão técnica e funcionários, o Athletico fez mais de 7 contratações.

Aliás, de bom tom informar que, mesmo com investimentos anuais absolutamente inferiores do que os dos times do eixo, o Athletico se mantém na Série A desde 2013 (tendo ficado apenas em 2012 na Série B), normalmente no topo da tabela, com ótimas participações nos torneios continentais e obtendo títulos importantes (Sul Americana, Copa Suruga e Copa do Brasil).

 

MAIS RESPEITO COM O MEU FURACÃO.

 

O JOGO

 

“Por incrível que pareça” o Athletico dominou quase que todo o primeiro tempo de jogo. “Por incrível que pareça”, o Athletico fez isso com um time 91% reserva, com exceção apenas de Santos.

Com o intuito de dar um descanso aos jogadores titulares, o Furacão entrou em campo com: Santos; Léo Gomes, Zé Ivaldo, Felipe Aguilar e Abner; Richard, Jaime Alvarado, Jorginho e Lucho González; Carlos Eduardo e Renato Kayzer.

Logo nos primeiros segundos de jogo, Santos teve que fazer boa defesa. Em seguida, com uma pressão na saída de bola do goleiro flamenguista, quase que o ataque atleticano dá o bote e surpreende o arqueiro.

O jogo seguiu “lá e cá”, e aos 25 minutos, um pênalti foi marcado em favor do Athletico em cima de Carlos Eduardo, mas em revisão do VAR a marcação foi anulada, tendo em vista que a falta aconteceu fora da área. No primeiro tempo sem gols, domínio do Furacão.

Vendo que o domínio era paranaense, no retorno para o segundo tempo Jordi Gris fez a alteração que mudou todo o  panorama do jogo: sacou Vitinho para a entrada de Everton Ribeiro. A partir dali ficou difícil segurar o Flamengo. Tanto é que aos 10 minutos, com Pedro, o rubro-negro carioca abriu o placar. Na sequência, aos 13 minutos, pênalti, agora para o dono da casa, por mão na bola. Na cobrança Bruno Henrique converteu, 2 x 1 para o Flamengo.

Foi a vez, então, de Dudu Barros agir (já devia ter feito antes), e tirar Lucho e Alvarado, para a entrada de Erick e Ravanelli. A equipe voltou a produzir e a segurar um pouco mais o meio do Flamengo, organizadíssimo após a entrada de Everton Ribeiro. Tanto é que aos 21 minutos, Kayzer, em seu segundo jogo pelo Athletico, marcou seu primeiro gol, de cabeça.

 

(Foto: Athletico Oficial)

 

Naquele momento, a impressão que tínhamos era a de que o jogo estava mais propenso ao empate atleticano. Mas a impressão durou pouco, e, na pressão, o Athletico tomou mais um, desta vez de Everton Ribeiro, que contou com uma ajudinha do zagueiro Zé Ivaldo que atrapalhou Santos. Final de jogo 3 x 1 para o dono da casa.

 

Mesmo com a derrota o técnico Eduardo Barros salientou que “Pelo que nós produzimos, pela própria sensação dos jogadores após a partida, nosso sentimento é que poderíamos ter saído daqui com um melhor resultado".  

 

O próximo compromisso do Athletico será contra o Ceará, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, em jogo que está marcado para 19 horas de quinta-feira (08), na Arena da Baixada.

 

Pra cima Furacão!

 

Por Daiane Luz

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.