POTE DE OURO

 

“Um arco-íris é um fenômeno óptico e meteorológico que separa a luz do sol em seu espectro contínuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. É um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior. Por ser um espectro de dispersão da luz branca, o arco-íris contém uma quantidade infinita de cores sem qualquer delimitação entre elas.” (Wikipedia)

Foto: Caio Assis

 

Infinitas cores surgiram no céu de Bangu neste sábado, mas nenhuma delas brilhou mais que o vermelho e o branco. Em casa, com o apoio da sua torcida e sob um sol que custou a dar trégua, o Alvirrubro da Zona Oeste venceu com facilidade a primeira no Carioca, por 2x0 sobre o Boavista pela 3ª rodada da Taça Guanabara, e quebrou a escrita de estar desde 2017 sem vencer uma partida oficial em Moça Bonita. Com o resultado, o Bangu chega a quatro pontos e se mantém na briga pela classificação.

Da mesma forma que fez nos dois jogos anteriores, o Bangu começou pressionando e buscando o jogo. E diante de um Boavista apático, o gol não demorou a sair: aos nove minutos, Serginho levantou na área, a zaga não afastou e a sobra ficou com Anderson Lessa, que bateu forte com o pé direito e anotou o segundo dele no campeonato.

O gol não foi suficiente para acordar o time de Saquarema, que só deu algum trabalho para a defesa banguense aos 35 minutos, em um cruzamento de Thiago Mosquito para Lucas, que estava livre, mas chutou fraco e a bola parou em Jefferson Paulino.

No segundo tempo, aos 10 minutos, o técnico Alfredo Sampaio fez suas primeiras substituições: Felipe Dias (de volta após expulsão contra o Flamengo) no lugar de Serginho (que pouco fez depois do gol, e ainda levou um cartão amarelo), e Jairinho no lugar de Pingo. Foi Jairinho, aliás, quem deu o passe para Dieyson bater para o gol aos 15 da segunda etapa. O chute desviou em Jean, zagueiro do Boavista, e a bola parou no fundo das redes do goleiro Rafael, para colorir ainda mais a tarde dos banguenses.  

O Alvirrubro ainda teve chance de fazer o terceiro aos 27 minutos, mas Jairinho desperdiçou e mandou pra fora. Aos 33, já com um a menos (o volante Júlio César foi expulso após falta dura em Anderson Lessa), o time visitante ainda ameaçou em boa cobrança de falta de Donizete, mas Jefferson Paulino fez grande defesa e afastou o perigo.

Daí pra frente, o Bangu tocou a bola com tranquilidade, esperando o tempo passar, e a festa nas arquibancadas foi ficando mais animada. Quando Marcelo de Lima Henriques apitou o fim do jogo, o colorido já tinha desaparecido do céu, mas o vermelho e branco ainda brilhavam como há muito não se via. E o reencontro do time com sua casa e sua torcida só confirmou o que todo banguense já imaginava: o fim daquele arco-íris só podia estar em Moça Bonita!

Gabriella Lima