PRIMEIRO TEMPO DIGNO, SEGUNDO TEMPO PÍFIO

 

Foto: Rafa Ianoski/Coritiba

 

Neste domingo  (26), o Coritiba foi à Cianorte enfrentar o Leão em confronto válido pela primeira partida da semifinal do Paranaense. O Coxa venceu a partida por 2x3 e abre vantagem para o jogo de volta, podendo até empatar para garantir vaga na final.

 

Poderia estar feliz fazendo este pós jogo? Poderia. Poderíamos ter visto o time praticamente liquidar o Cianorte para o segundo duelo. Poderíamos ter visto uma goleada nesta tarde no Albino Turbay. PODERÍAMOS. Mas o que vimos foi mais do mesmo: sofrimento. Um primeiro tempo quase perfeito e um segundo triste de se ver. Coxa Branca não tem um minuto de paz mesmo, não é?

 

O JOGO

 

O técnico Eduardo Barroca resolveu poupar o principal jogador do elenco, Rafinha, que nem chegou a viajar. No gol, outra mudança: Muralha voltou à titularidade, deixando Wilson no banco. O treinador escalou Galdezani no meio e Thiago Lopes de ponta, o que deu certo, ao menos no primeiro tempo. O Cianorte começou mais no ataque, afinal jogava em casa, mas quem abriu o placar foi o Verdão: Aos 19 minutos, em cobrança de falta de Patrick Vieira, Willian Matheus  (o qual nunca critiquei), pegou a sobra e abriu o placar. Logo em seguida, aos 23', em jogada pela direita, Thiago Lopes tocou de calcanhar para Gabriel marcar o segundo, calando bonito a boca da colunista que vos escreve, que criticou veemente esta dupla nos últimos jogos. 

 

E teve mais: aos 43', em cobrança de escanteio de Patrick, Willian Matheus cabeceou para o fundo das redes e ampliou o placar, marcando o terceiro do Coxa e o segundo dele na partida. Antes disso, Robson ainda teve chance de ampliar, tocando por cima do goleiro, mas a bola tocou a trave e foi para fora. E assim ficou na primeira etapa, com Thiago Lopes e Willian Matheus sendo os destaques. Algo de errado não estava certo…

 

O lateral Willian Matheus foi o autor de dois dos três gols alviverdes. Foto: Rafa Ianoski/Coritiba



 

Veio o segundo tempo e o Coritiba resolveu deixar o bom futebol apresentado até então no vestiário do Albino Turbay. O time tirou o pé para jogar e usou apenas para cavar faltas e levar cartões. O festival de amarelos foi o destaque dos 45 minutos finais: Thiago Lopes, Nathan Silva, Rhodolfo, Robson e Igor Jesus, que estavam pendurados, foram amarelados e não jogam a próxima partida. Isso talvez não fizesse muita diferença se o placar permanecesse com três gols de vantagem, mas não foi o que aconteceu.

 

Com o Coxa sem a efetividade que teve no ataque, o Cianorte cresceu. Aos 3 minutos, Pelezinho mandou uma bomba de fora da área, sem chances para Muralha. E aos 37, França também marcou, diminuindo o placar. Nos minutos finais, Sassá, que entrou no lugar de Robson, quase marcou o quarto, mas a bola foi para fora. O Cianorte também levou perigo e quase empatou a partida no finalzinho, o que, para nossa sorte, não aconteceu. Final de jogo e, o placar que começou com goleada alviverde, terminou com uma diferença de apenas 1 gol e tudo em aberto para o segundo duelo.

 

Apesar de ter diminuído a vantagem, ela ainda é alviverde. Assim como nas quartas, o Coxa precisa apenas de um empate para avançar às finais do campeonato. Se for derrotado por um gol, a decisão vai para os pênaltis. Não custa lembrar que o Cianorte reverteu a vantagem do Operário, que era a mesma, nas quartas. Todo cuidado é pouco e toda atenção merece ser redobrada.

 

O próximo duelo entre as duas equipes está marcado para a próxima quarta-feira (29), às 20h, no estádio Couto Pereira. Barroca terá que fazer várias mudanças no time, já que tem desfalques certos. O lado bom (ou não), é que, se o Verdão avançar, terá praticamente todo o elenco à sua disposição. 

 

E então torcedor,  qual time Barroca deverá  escalar para o confronto de volta? E vou "lançar a braba" e jogar a briga que vem movimentando as redes sociais e dividindo o torcedor alviverde por aqui também: quem deve ser o dono das metas? Wilson ou Muralha??

 

Opine, vem com a gente!!

 

VAI PRA CIMA DELES VERDÃO!!

 

Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.