PROTEGIDOS POR ZÉ IVALDO E MURALÉO PEREIRA, VENCEMOS

Nesta quarta-feira (29), o Atlético recebeu o Vasco na Arena da Baixada, em jogo adiado válido pela 15ª rodada do Brasileirão e, contava com o histórico de goleadas passadas em cima do alvinegro carioca e o ritmo embalado para conseguir a vitória.

Diferentemente dos últimos jogos, o Furacão sofreu um pouquinho com a marcação e posse de bola, e trabalhou bastante em cima de Yago Pikachu que se apresentou bem em todos os cantos do campo.

No segundo tempo, porém, Tiago Nunes conseguiu encaixar novamente o time e arrancar um único – mas precioso gol – que partiu dos pés de MuraLéo Pereira, o zagueiro que, em dupla com Zé Ivaldo vem crescendo a cada jogo e nos orgulhando como pratas da casa.

 

COMO FOI O JOGO

O Atlético iniciou a partida com Santos; Jonathan, José Ivaldo, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Lucho González e Raphael Veiga; Marcinho, Bruno Nazário e Pablo.

Alberto Valentim, que fez história no Atlético, esteve na função de técnico auxiliar desde 2012 e despediu-se em 2014 do Furacão, estreou como técnico do Vasco neste jogo, “sentindo-se em casa”.

No primeiro tempo, o Atlético até teve maior posse de bola e começou atacando, com uma boa chance de Zé Ivaldo, de cabeça. Mas logo em seguida viu o Vasco dominar o jogo e ter mais oportunidades claras de gol.  O jogo não estava muito equilibrado, e o setor defensivo do Furacão teve mais trabalho do que o do time carioca.

Foi ainda no primeiro tempo, aos 41 minutos que Tiago Nunes fez a primeira substituição. Marcinho sentiu a pancada de Andrey e o técnico colocou Anderson Plata no lugar.

De volta ao segundo tempo, o início do jogo foi bastante parecido com o primeiro, com apenas duas boas chances também de Zé Ivaldo, sendo que uma delas parou no travessão nos 3 minutos de bola – seria um golaço.

Porém, crescendo no jogo, aos 18 minutos Léo Pereira calibrou bem o pé e fazendo as vezes de meia armador cruzou do meio de campo e achou Raphael Veiga bem posicionado entre os dois zagueiros do Vasco, que agachou e cabeceou, sem chance para o goleiro Martín Silva. 1 a 0 para o Furacão.

Foto: Miguel Locatelli/Site Oficial do Atlético

Aos 26 minutos Tiago Nunes fez a segunda substituição, colocando Márcio Azevedo na lateral esquerda, mais adiantado, fazendo uma dupla com Renan Lodi e sacando Bruno Nazário.

Aos 36 minutos foi a vez de Lucho deixar o gramado para entrada de Bruno Guimarães. O volante argentino fez um jogo abaixo da média dos últimos que vinha fazendo, mas não comprometeu.

Os cartões amarelos saíram para Léo Pereira do Atlético e Vinicius Araújo e Luiz Gustavo do Vasco.

Com o resultado magrinho, porém gigante – em razão dos três pontos -, o Furacão chegou à 13ª posição na tabela do Brasileiro, com 24 pontos, lembrando que ainda tem mais um jogo em haver, contra a Chape.

Chamou a atenção a opção do técnico de colocar Márcio Azevedo para atuar com Renan Lodi, já que os dois são laterais esquerdos. Deu pra notar que a dupla não estava em muita sintonia, mas ajeitando, o encontro de gerações tem tudo para dar certo.

Foto: Reprodução Sportv

Em entrevista coletiva o técnico de guerra avaliou os erros da equipe, mas elogiou a garra: “O jogo todo foi muito difícil, tivemos muitas dificuldades. O Vasco nos marcou muito bem, não conseguimos encontrar as jogadas de criatividade e movimentação. Nossa circulação de bola foi lenta. Foi o jogo tecnicamente que mais erramos passes, domínio de bola, coisa que não vinha acontecendo em jogos anteriores. Foi geral, não foi um ou outro. Muitos acabaram estando abaixo tecnicamente. O que não faltou foi transpiração, que nos levou a vitória". - disse.

Já no domingo, às 16 horas, o Furacão receberá o Bahia também na Arena da Baixada, e precisará aproveitar o último jogo em sequência em casa, para consolidar a sua subida na tabela.

TORCIDA HUMANA?!

A Diretoria do Atlético continua insistindo na absurda medida da torcida única, que por óbvio não funciona.

Durante a semana, o Clube continuou indicando o setor Coronel Dulcídio para a Torcida Os Fanáticos, local comumente destinado à torcida do time adversário e onde os torcedores visitantes que vão ao Estádio têm ficado.

Entretanto, foi necessária a intervenção da Polícia Militar durante praticamente todo o segundo tempo, quando torcedores do Atlético se posicionaram no meio dos torcedores do Vasco. Dos males o menor, pois esperávamos e estávamos aflitos diante da possibilidade de conflitos mais perigosos entre as torcidas, dado o histórico nada favorável.

O que se viu foi a necessidade de atuação da Polícia Militar com mais intensidade, do que se as torcidas estivessem devidamente separadas.

E aí? Qual a justificativa agora?

Por Daiane Luz