QUASE UM SEGUNDO

 

Foto: Lucas Merçon


 

"Ás vezes te odeio por quase um segundo... Depois Te Amo mais..", diz a música dos Paralamas do Sucesso e essa relação Amor / Ódio é bastante comum entre os torcedores. O Tricolor não foge a regra e creio que a sensação do "foi por um triz" irritou por demais o torcedor que compareceu ao Maracanã, na noite da última quinta (17). Pela garra e vontade do time, principalmente no primeiro tempo, ficou a impressão de que faltou certo zelo para segurar o placar e sair triunfante sobre o Athletico-PR no solo sagrado.

No entanto, um segundo depois fui tomada pelo orgulho de ver meu elenco jogando de igual, dentro do limite, com um dos atuais melhores elencos do Brasil. O Fluminense foi  valente, determinado e se doou dentro das quatro linhas. Como Caio Henrique joga bola e tornou-se peça imprescindível dentro do esquema adotado por nosso Marcão. Ele alegra meus olhos e faz mais bonito o meu sorriso. Outro a me surpreender a cada dia é Nenê. Sua atividade atuação diante do Furacão não foi diferente. 

Quem abriu o placar foi Frazan e a arquibancada foi ao céu com tamanha alegria. Mas o Furacão buscou a virada com dois gols marcados pelo lateral Madson. O VAR foi decisivo em dois lances. Aos 13 minutos do primeiro tempo, anulou gol de Rony ao assinalar impedimento porque Márcio Azevedo estava impedido no lance. Na segunda etapa aos 24, invalidou tento de João Pedro, alegando que o jogador estava adiantado. A meu ver a posição era legal.

 

Foto: André Durão

 

Bastante satisfeita em ver Marcão tão solto e seguro no comando dos jogadores e lapidando, com carinho, os erros a fim de dar continuidade a essa jornada de recuperação na tabela da competição. No final da partida, fez sua análise do desempenho dentro das quatro linhas:

 

"Foi um jogo igual, grande, onde pegamos uma equipe que joga muito forte e sabe marcar. A gente começou fazendo nosso jogo, conseguimos o gol, apertamos, mas a equipe do Athletico está acostumada com esse tipo de jogo e nos criou muita dificuldade. Foi um jogo bem equilibrado e no final, a bola parada fez a diferença a favor deles", disse ele.

 

Ele afirmou ter ficado satisfeito e exaltou a atuação do grupo, além de comentar sobre o próximo desafio:

 

"Perder nunca é bom, mas a gente sabia que seria uma partida difícil. Jogando em casa, diante do nosso torcedor, a gente nunca imagina a situação de sair derrotado, mas enfrentamos uma grande equipe, estruturada, e tentamos minimizar erros do jogo passado. Agora, é corrigir nesse espaço curto de tempo para que domingo a gente esteja com a cabeça boa para enfrentar um grande rival.”

 

Perder com brio tem a ver com a fidalguia do Fluminense, que está em 14º na tabela com 29 pontos e encara o clássico Fla x Flu, no domingo, no Maracanã, às 18h. Um jogo de cada vez e como futebol é uma caixinha de surpresas, vai que....

 

Carla Andrade