Ranço: já podemos fazer uso da palavra sensação do momento!

 

(Foto por Facebook Oficial/Botafogo de Regatas)

O Botafogo enfrentou o Paraná Clube na manhã deste domingo, dia dos pais, e o resultado mais uma vez decepcionou e irritou o torcedor botafoguense. Em partida válida pela 18ª rodada, o time carioca decepcionou de novo empatando em 1 x 1 com o time que ocupa a lanterna do Brasileirão.

Num jogo duro de assistir, o Glorioso abriu o placar no segundo tempo com Rodrigo Lindoso, de pênalti, e nos acréscimos do segundo tempo sofreu o empate em chute de longa distância de Alex Santana. A bola desviou em Igor Rabello, tirando do goleiro Saulo qualquer responsabilidade do mais novo vexame.

No primeiro tempo, Leo Valencia levou perigo ao gol de Richard, driblando o goleiro e desperdiçando. Aos 28’, Matheus Fernandes e Silvinho se estranharam após uma dividida, onde o jogador do Paraná reclamou de um pisão. Com isso, todos os jogadores do time da casa, incluindo seus reservas, entraram em campo para reclamar com o árbitro Raphael Claus, nitidamente sem qualquer controle da situação. O resultado foi a expulsão de Matheus para prejuízo do Botafogo e também de Cleber Reis, do Paraná.

A partida, que até então não empolgava ninguém, continuou abaixo da média e jogadores de ambas as equipes seguiram para o vestiário ainda exaltados.

No segundo tempo, o Botafogo deu mais ritmo ao jogo, parou o ataque dos donos da casa, mas ainda assim Luis Fernando não aproveitou o cruzamento de Aguirre, chutando por cima do travessão. Aos 26’, o mesmo Luis Fernando foi derrubado na área e Lindoso bateu o penal com categoria. A primeira vitória fora de casa estava nascendo e a vontade de que a partida ali se encerrasse era real, desde que conhecemos a mania do Botafogo em dar a forra aos rivais que se encontram no sufoco, mas ainda tinha muita bola pra rolar!

Contudo, quando a certeza da vitória já estava bem mais próxima, aos cinquenta minutos dos acréscimos da etapa final, Alex Santana depositou toda a sua fé e confiança numa bomba de fora da área. Saulo estava no lance, mas o que o jovem goleiro alvinegro não esperava é que a bola fosse resvalar em Rabello e traí-lo em seu contrapé. Gol do Paraná. Final de jogo.

Zé Ricardo, numa atitude intempestiva, chutou alguns copos de água mineral a beira do campo. O novo técnico do Fogão viu escapar a primeira vitória do clube fora de casa (desde que ganhar do Vasco em São Januário é considerado um jogo fora, mas, ao mesmo tempo, não é).

A sensação de perder dois pontos fundamentais nesse momento é dolorosa. Revoltante. Aquele sentimento que ninguém entende, segundo a letra da nossa canção, se aplica também aos momentos ruins que já vivemos, onde nunca paramos de cantar, com a esperança que o fogo em nosso peito, não se apague... Mas tá puxado! Desde o retorno do mundial, nossa única vitória – e muito da sem vergonha, devemos lembrar – foi contra a Chape no Niltão. Não ganhamos fora, muito menos vencemos em casa. Dezoito pontos disputados desde a retomada do campeonato e cinco pontos conquistados. Nem mesmo o brado de um excelente palavrão pode amenizar a nossa insatisfação.

O próximo desafio do clube é contra o Nacional PAR pela Copa Sul-Americana na próxima quinta. Aproveitando a estadia do papai em terras cariocas em ocasião do dia de ontem, o levarei comigo. Convidei também a minha mãedrasta e meu irmão. Se tudo der certo, levaremos até nossas crianças. Gostaria de estar tão somente feliz e satisfeita com essa oportunidade de juntar todos os meus botafoguenses de sangue na arquibancada com a família de coração que Fogão me deu, mas, preciso confessar: estou apreensiva, ansiosa e entregando desde agora toda a minha confiança ao astral, para que ele me faça um favor e a deposite no Botafogo. Pois, sem uma intervenção dessas, meus amigos e amigas, eu não tenho lá muito em quem acreditar, não.

(Foto por Arquivo Pessoal)

Mentira, eu tenho sim!

VAMOS, VAMOS, VAMOS, BOTAFOGO!

 

Por Lívia Torres