SEM SHOW, SEM GOLS, SANTOS ESTREIA NA SUL-AMERICANA

 

EU: “Não pode piorar”

MEU TIME: “KKKKKKKK pode sim, sempre pode”

 

Lembro que nos últimos jogos do ano passado, quando o Santos ainda tinha chances de disputar a Libertadores deste ano, eu me sentia mal, triste, por ver um time da grandeza do meu brigando por tão pouco. E esta partida me trouxe o mesmo sentimento e me mostrou que talvez eu devesse ter torcido um pouco mais.

 

Na noite de ontem (12) o Peixe foi até Montevidéu enfrentar o River Plate-URU e para quem vinha fazendo (ou tomando) gols em todos os jogos disputados até então, foi uma surpresa indigesta o placar em branco - placar esse que favorece a equipe uruguaia já que o gol fora de casa conta como critério de desempate.

 

(Foto: Ivan Storti)

 

O jogo:

Antes do início da partida, um minuto de silêncio para lembrar as vítimas do incêndio no Ninho do Urubu na última sexta-feira (08). O estádio Luis Franzini recebeu pouquíssimos torcedores, entre eles Rodolfo Rodriguez (já disse que sou apaixonada?).

 

Um primeiro tempo morno e sem muita perspectiva de gols foi o que se viu. O Santos ainda teve algumas chances reais de gol, com Derlis González e depois Copete aos 13 minutos, aos 30 com Derlis novamente, com Diego Pituca aos 40 e Sánchez um minuto depois. Mesmo assim, foi para o vestiário sem abrir o marcador. O River, que não disputou nenhuma partida oficial até agora (o campeonato uruguaio só começa no próximo dia 16), não levou perigo à meta santista.

 

O Santos voltou para o segundo tempo sem nenhuma mudança, e logo nos primeiros minutos teve um gol anulado. Copete marcou após cruzamento de Derlis González (ahh esse paraguaio...) mas o senhor Germán Delfino (ARG) marcou impedimento do colombiano, um lance duvidoso.

 

Poucos minutos depois foi a vez do River tentar abrir o placar. Aos 8 minutos, Da Luz (guardem esse nome) chutou de fora da área e acertou a trave. Parecia que o jogo havia ganhado outra cara.

 

Aos 14 minutos Sampaoli resolveu mudar a equipe santista, saiu Copete para a entrada de Soteldo e o jogo melhorou. Diego Pituca teve duas oportunidades e não fez. Esses gols vão fazer uma falta danada!

 

Um cartão vermelho para Orinho aos 21’por falta infantil em Da Luz (ele de novo) deu uma esfriada no jogo. O adversário gostou e foi para cima. Poucos minutos depois Da Luz (sim, ele outra vez!) quase fez, Vanderlei nos salvou.

 

O técnico santista tentou mais uma mudança: aos 27’ tirou Jean Mota, artilheiro e que não marcou desta vez, para a entrada de Mateus Ribeiro, esquecido em muitos jogos.

Nenhuma das mudanças surtiram efeito e no final do jogo a equipe uruguaia decidiu pressionar. Aos 46’, na última mudança da partida, entrou Yuri no lugar de Diego Pituca.

 

No finalzinho do jogo, quase encerrando já, Derlis González tomou um cartão amarelo por carrinho em Calzada. Saldo do Peixe: mais cartões do que gols.

 

(Foto: Ivan Storti)

 

Depois de mais 4 minutos de acréscimo, o som do apito final: GRAÇAS A DEUS! O placar em branco é a prova de que nunca se sabe o que o Santos vai fazer com minhas emoções, não dá para saber o que esperar desse time.

Seguimos.

 

O jogo de volta será no dia 26, no Pacaembu. O Peixe se classifica em caso de uma vitória simples. Empate sem gols leva a decisão para os pênaltis e qualquer outro placar classifica a equipe uruguaia.

 

Punido pela Conmebol por incidentes no jogo contra o Independiente pela Libertadores no ano passado, nessa partida o alvinegro não contará com o apoio da torcida. É bom nos prepararmos.

 

Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.