TIME SEM VERGONHA, SEM RAÇA E SEM VONTADE. ADEUS LIBERTADORES!

Na noite desta terça-feira (27), o Palmeiras recebeu o Grêmio no jogo de volta pelas quartas de finais da Libertadores, no Pacaembu. A equipe de Felipão conseguiu a façanha de não só perder um jogo no qual bastava a um empate para se classificar, como não teve capacidade para conseguir igualar o marcador jogando em casa, com apoio da torcida. Não foram capazes de conseguir um mísero gol em 78 minutos. Tivemos todo o restante do primeiro tempo, após o Grêmio marcar seu segundo gol. Tivemos todo o segundo tempo e mais 8 minutos de acréscimos, mas nada foi suficiente para fazer o Verdão encontrar o caminho para o fundo das redes. Um time caro, mas com jogadores que se escondem em decisões importantes. Um elenco vasto, mas que com um jogador suspenso parece não saber o que fazer para vencer. Que vergonha Palmeiras, mais uma eliminação em mata-mata. Perder faz parte, mas jogar um futebol tão meia boca, tendo uma semana para se preparar, é inaceitável.

Palmeiras faz feio e é eliminado em pleno Pacaembu lotado. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação


 

O JOGO

Com o apoio da torcida desde antes do apito inicial, o Palmeiras parecia ter entrado em campo ciente do seu papel, ciente de que a vitória em Porto Alegre foi importante, mas que precisaria fazer mais para sair de campo classificado. Com postura de quem sabia que a vitória era o único resultado possível, o Verdão levou perigo à defesa adversária logo aos 3 minutos, com uma bela batida de Luiz Adriano. Dez minutos depois, foi ele mesmo quem conseguiu abrir o placar para o Alviverde. Paulo Victor saiu mal, e no bate-rebate,  a bola sobrou para o atacante, que não desperdiçou a oportunidade e marcou seu primeiro gol.

Infelizmente, mal deu tempo de comemorar, já que aos 17 minutos o Grêmio conseguiu o empate, após cobrança de falta e cochilada da defesa. O Pacaembu que tinha acabado de explodir em euforia, ficou praticamente em silêncio por alguns instantes. Na sequência, Everton limpou a jogada e passou quatro jogadores alviverdes, sendo desarmado por Luan. Porém, Weverton tentou sair para travar a investida, e a bola sobrou para Alisson, que sem marcação alguma, mandou para dentro das redes. Inacreditavelmente, menos de 10 minutos após abrir o placar, levamos a virada.

O Palmeiras não tinha outra saída que não fosse sair para buscar ao menos um empate. Mas a equipe alviverde sentiu os gols, e não conseguia desenvolver uma jogada que pudesse criar uma boa oportunidade. Os visitantes intensificaram a marcação, não deixando espaços para os donos da casa se recuperarem, além de aproveitar as brechas para tentar contra-ataques.

Nos minutos finais, quase pudemos respirar aliviados. Scarpa levantou bola na área e a zaga gaúcha afastou mal, deixando a  sobra para Willian, que apenas carimbou o travessão de Paulo Victor. Nosso Bigode teve outra boa oportunidade, após Dudu cruzar e mais uma vez o goleiro tricolor sair mal, mas a bola bateu no camisa 11, que aparentemente não estava ligado na jogada, e saiu caprichosamente pelo lado. Fomos para o intervalo perdendo, não dava para acreditar. Mas tudo bem, tínhamos mais 45 minutos pela frente, não era hora de desistir.

Luiz Adriano marca, mas Palmeiras não soube manter a vantagem. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

 

Fomos para o intervalo desesperados, e voltamos mais ainda, ao ver Deyverson retornar no lugar de Willian. Sério mesmo que Felipão depositou a esperança de um ataque mais eficiente nele? Até Borja seria uma escolha melhor, até porque foi o colombiano que marcou na partida contra o Godoy Cruz, no momento em que estávamos perdendo. Foi ele quem buscou jogo na partida no Allianz Parque, participando dos lances e marcando novamente. Tudo bem que o camisa 9 não é o atacante que pedimos a Deus, mas arrisco dizer que ele teria feito mais que Deyverson, pois parece que a Libertadores liga uma chavinha na sua cabeça, que faz com que ele saiba o que precisa fazer. Novamente Scolari mexeu mal, e pagamos o preço pelas escolhas erradas. Por falar em escolha errada, Thiago Santos foi um show de horror a parte. Como primeiro volante, não foi capaz de desarmar o adversário e segurar os contra-ataques. Claro que ele não foi o único culpado, mas claramente deixou de ser aquele volante seguro de tempos atrás.

Na segunda etapa, o Palmeiras tentava abafar e subir para o ataque, mas o Grêmio fechou a casinha e não deixava o Alviverde se aproximar da sua área. Sem falar nas ceras que Cortez fazia, será que o Renato vai falar também? A equipe de Felipão estava claramente nervosa, perdida e sem saber para onde ir. Felipão trocou Scarpa por Zé Rafael, o time estava tão apático, que nem o camisa 14 que não tem medo de arriscar um chute apareceu para chamar a responsabilidade. Bruno Henrique foi substituído por Raphael Veiga, mas nada do Palmeiras melhorar. 

Na base do desespero, sem tática e sem personalidade nenhuma, a equipe de Felipão tentava buscar o empate de forma desordenada, cruzando bola e tentando cobrar laterais para dentro da área gremista. O Palmeiras teve vários escanteios para cobrar, mas nenhum surtiu efeito. Inclusive, alguns até foram mal cobrados, e a gente pergunta: passaram a po##a da semana fazendo o quê? Inferno de time.

Deyverson esteve pior do que nunca, não conseguia concluir uma jogada e nem manter a bola nos pés. O Palmeiras avançava inteiro em direção ao campo de defesa dos adversários, mas o Grêmio afastava com uma certa tranquilidade.

Palmeiras não segura o Grêmio e acaba eliminado da Libertadores. Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

 

Os minutos iam passando, e com eles nossa esperança diminuía na mesma proporção em que aumentava nossa agonia. Não dava para acreditar. Como era possível entrar em campo uma vantagem tão boa, abrir o placar e deixar tudo ir por água abaixo? Coisas que só acontecem com o Palmeiras.

Na casa dos 40 minutos, Pepê quase marcou o terceiro em um chute venenoso, mas a bola passou por cima do gol de Weverton. Aos 47, o árbitro parou uma jogada para analisar um possível pênalti para o Verdão, num suposto toque de mão de Rômulo. Rezamos para que tivesse realmente sido mão, e aquela poderia ser nossa chance. Mas após analisar a jogada, Nestor Pitana seguiu o jogo e marcou escanteio. 

Parecia impossível, mas acreditamos até o fim. A torcida acreditou, porque o time se entregou quando levou o segundo gol. O juiz apitou o fim do jogo, e vimos a classificação escapar de forma absurda. Nenhum jogador falou na saída do campo. A entrevista de Felipão foi a mesma lorota de sempre “perdemos nos erros e blá blá blá”. Galiotte não deu as caras, nem Mattos. Ninguém apareceu para justificar porque o um time tão caro não conseguiu passar por nenhum dos últimos 5 mata-matas que disputou. Ninguém apareceu para (tentar), explicar a torcida o que aconteceu. Mais uma vez, vimos uma classificação que estava perto, descer pelo ralo. 

O elenco de 2012/13 era ruim, sem grandes nomes, nada caro. Mas nunca se esconderam, sempre que caíram, foram lutando. Mesmo sem técnica, foram campeões da Copa do Brasil e classificaram um time rebaixado para a Libertadores, e foram desclassificados da mesma em uma falha individual, mas sempre lutando.

 

O que falta para esse Palmeiras? Ou será que está sobrando demais?

 

#AvantiPalestra #Libertadores2019 #VamosVerdão

 

Por Vânia Souza