UM JOGO DE DESPEDIDAS
Egito e Arábia Saudita se enfrentam às 11h (horário de Brasília) de amanhã (25), em Volgogrado. Ambas as seleções estão eliminadas e entram em campo apenas para cumprir tabela.
Os Falcões Verdes e os Faraós ainda não pontuaram neste Mundial. Foram duas derrotas em duas partidas para cada lado.
A Arábia Saudita estreou no dia 14 de junho contra a Rússia e perdeu de goleada, por 5x0. A segunda derrota veio no dia 20 de junho por 1x0 para o Uruguai, derrota que selou a sua eliminação e a do Egito, que também perdeu da Celeste por 1x0 em 15 de junho e da Rússia, por 3x1, no dia 19 de junho.
O QUE A VITÓRIA REPRESENTA PARA CADA UMA
A seleção do Egito ainda não sabe o que é vencer em uma Copa do Mundo. Ao todo foram 6 jogos em mundiais, nenhuma vitória. O técnico Héctor Cúper analisou a campanha egípcia na Rússia e falou sobre a estrela da equipe, Mohamed Salah.
“Nós jogamos um bom campeonato. Muitos falarão que não, mas jogamos um bom futebol. Talvez dez ou 12 minutos ruins contra a Rússia. Em geral fizemos bons minutos tanto contra o Uruguai, quanto contra a Rússia. Não estou triste porque o time jogou mal. Fizemos o que podia ser feito. Cometemos erros e já analisamos. Queremos encerrar com vitória. Não há dúvida da importância de Salah. Sempre foi um jogador importante para todos, assim como foi na inglaterra. Se estivesse na primeira partida, seria importante. Como treinador, não gosto de depender de um jogador. Salah não está sozinho na seleção. É um goleador nato. Faz diferença nos últimos 30 metros do campo, mas não sei se mudaria a nossa história.”
Foto: Twitter Egypt National Football Team @Pharaohs
Para o lado da Arábia Saudita, a vitória representa o fim de um jejum de 24 anos. A última vitória saudita em Copa do Mundo foi contra a Bélgica, em 1994. A vitória por 1x0, gol de Al-Owairan, garantiu a passagem às oitavas pela primeira e única vez na história.
Saeed Al-Owairan contra a Bélgica, na Copa do Mundo de 1994 (Foto: Tony Marshall/EMPICS/Getty Images)
OS TÉCNICOS
De um lado, o técnico do egito, Héctor Cúper, bastante criticado após as duas derrotas na Rússia, do outro, o técnico Pizzi, que chegou em novembro de 2017, possui apenas 10 jogos à frente da seleção (2 delas nesta edição da Copa), também tem futuro incerto em uma seleção que teve 3 técnico em um único ano.
“Estamos preparados para o jogo com o Egito e confiantes na nossa capacidade. Vivemos as experiências das duas partidas anteriores neste Mundial e temos ciência do que precisamos agora. Vai ser um jogo difícil, porque todos querem vencer em uma Copa do Mundo, independentemente de valer classificação ou não’, afirmou Juan Antonio Pizzi em entrevista coletiva.
Enquanto Héctor diz não saber se continua no cargo: “Sempre temos expectativa de ganhar e de fazer todo o possível. Nunca digo não, mas não sei. Vai depender. Posso continuar, ou não. É preciso tomar uma decisão, mas eu gostaria muito de permanecer”.
UMA DESPEDIDA DIGNA DE UM ÍDOLO
O goleiro egípcio Essam El-Hadary pode se tornar o jogador mais velho a participar de uma Copa do Mundo. El-Hadary tem 45 anos e defende a seleção egípcia desde 1997. Com a camisa da seleção, conquistou 4 títulos da Copa das Nações Africanas em 1998, 2006, 2008 e 2010.
El-Hadary falou sobre a expectativa de jogar uma partida no Mundial e bater o recorde: “Sobre o recorde, claro que vou ficar muito feliz de participar, mas ainda não sei. Não é certeza. Essa decisão é do técnico. Vai ser um desafio para mim, se acontecer, mas a partida é um desafio para o Egito também”.
Se El-Hadary entrar em campo, se tornará o jogador mais velho da história da Copa do Mundo aos 45 anos e 161 dias de idade. (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)
Possíveis escalações
ARÁBIA SAUDITA
Yasser Al-Mosailem; Ali Al-Bulaihi, Osama Howsawi, Mohammed Al-Breik, Yasser Al-Shahrani; Salman Al-Faraj, Abdullah Otayf, Housain Al-Mogahwi, Salem Al-Dawsari, Hattan Bahebri; Muhannad Asiri.
EGITO
Essam El-Hadary; Ali Gabr, Ahmed Hegazi, Ahmed Fathy, Mohamed Abdel Shafy; Tarek Hamed, Mohamed Elneny, Mahmoud Trezeguet, Abdallah Said; Mohamed Salah, Marwan Mohsen.
Por Isabelle Brasileiro