VASCO NA FINAL, BRONCA DA TORCIDA E TENSÃO NOS BASTIDORES

(Foto: Vasco da Gama Oficial)

 


Que o time do Vasco faz a gente passar raiva em todo jogo não é mais novidade né? E neste domingo (07), em mais um jogo decisivo diante do Bangu, o time se superou em um nível que teve até torcedor querendo jogar tênis no treinador.

 

Felizmente, saímos de campo com um resultado positivo. O Gigante da Colina venceu o Alvirrubro por 2 a 1 com todos os gols marcados no segundo tempo. Bruno César de pênalti e, o jamais criticado, Yan Sasse marcaram para o Vasco enquanto Yaya Banhoro marcou para o Bangu.

 

O Cruz-maltino vai para a sua terceira decisão no ano, venceu a Taça Guanabara, perdeu a Taça Rio e agora vai em busca do Campeonato Carioca em sua segunda final seguida e o adversário será o Rubro-Negro da Gávea.


O JOGO:


O Vasco fez um primeiro tempo ridículo e lamentável daqueles de tirar qualquer um do sério. O time até começou bem dando a impressão que dessa vez seria diferente, mas depois de alguns minutos começou a encontrar muitas dificuldades na partida, errando passes bobos e deixando o Bangu gostar do jogo. Apesar da posse de bola no primeiro tempo ter sido igual (50x50) foi o Alvirrubro quem apareceu mais e esteve bem perto de abrir o placar em várias oportunidades.

 

O jogo começou a ficar irritante e a torcida perdeu a paciência de vez quando Rossi, que saiu machucado, foi substituído por Yan Sasse e aí vaias, gritos de burro e até torcedor ameaçando jogar o seu sapato no técnico Valentim (não julgo a atitude) surgiram na arquibancada. Com um ataque desaparecido, o time chegou com perigo já perto do fim da primeira etapa que novamente acabou com vaias da torcida.

"Tem que rodar mais rápido a bola, usar mais a ultrapassagem dos nossos laterais. Chutamos uma bola só no gol. Temos que ter atenção no contra-ataque deles também para ficarmos bem protegidos e não dar oportunidade de gol a eles", disse Werley.

 

(Foto: Rafael Ribeiro / vasco.com.br)
 

Apesar de ter a vantagem do empate, e já visto o domínio do Bangu no primeiro tempo, o Vasco precisava mudar e assim o técnico Valentim fez. Trocou um volante por outro, saiu Bruno Silva que ninguém aguentava mais, por Raul. O time melhorou e aos 2' minutos os jogadores do Vasco reclamaram que Lucas Mineiro havia sido puxado dentro da área. Após consultar o VAR, o juiz acertadamente marcou o pênalti, apesar da grande reclamação sem razão dos jogadores do Bangu. Bruno César cobrou  e abriu o placar para o cruz-maltino.

 

Mas como alegria de vascaíno dura pouco, depois de três minutos o jogo já estava empatado de novo. Depois de um contra-ataque rápido e desatenção da defesa Yaya Banhoro deixou tudo igual. O jogo começou a ficar animado, lá e cá. E aos 14' minutos, Yan Sasse, aquele mesmo que ninguém queria ver em campo, marcou o segundo do Vasco em um belo gol.

Agora era o gigante que dominava o jogo, com jogadas de velocidades principalmente após a entrada de Lucas Santos e poderia até ter ampliado a sua vantagem. Com o jogo chegando ao fim, tivemos um pequeno momento de cenas lamentáveis após falta em Lucas, algumas distribuições de cartões amarelos mas nada que atrapalhasse a classificação do Vasco para mais uma final.

"Começamos bem o jogo. Depois, talvez tenha faltado um pouquinho de dinâmica para furar aquela linha baixa com um pouquinho de pressa. Cobro que não tenham pressa, mas cobro a dinâmica. Faltou no primeiro, no segundo fez bem melhor”, disse Alberto Valentim.

EXPLICAÇÕES:

A semana foi tensa no Vasco, o assunto de que jogadores estavam inconformados com atraso de salários vazou e criou um clima pesado. Quando terminou o jogo os jogadores, a comissão técnica, presidente e os atletas que não foram relacionados, entre eles Maxi e Castan ficaram mais de 1h no vestiário, quando a reunião acabou o capitão ao lado de todos falou com a imprensa:

“Houve uma reunião na sexta-feira no CT. Vazou que quatro jogadores cobraram o diretor. Isso incomodou a gente. Não é verdade. Eu fui um dos que falei. Estávamos resolvendo tudo internamente. Respeitamos a instituição. Quero deixar claro isso. A equipe se concentrou para esse jogo. São informações que estão vazando e atrapalhando. Estamos aqui para defender esses jogadores. O Maxi é muito importante para a gente, o Luiz (Gustavo) ano passado ajudou a gente para caramba, o Pikachu foi artilheiro do time... O grupo é fechado, é unido e todo mundo sabe que só assim faremos diferente do ano passado”, comentou.


Thiago Galhardo que não tem boa relação com a diretoria, foi apontado durante a semana como o pivô do vazamento das informações, foi cortado da partida no sábado à noite, assistiu o jogo no Maracanã, participou da reunião no vestiário mas não do pronunciamento dos atletas, o jogador também não foi citado por Castan e nem por Valentim. Em seguida o clube afirmou que o jogador não faz mais parte dos planos.

"Por decisão da diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama, o atleta Thiago Galhardo não faz mais parte dos planos do clube".

 

(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)


 

Por: Jessica Martins