VEM TRANQUILO, SEM AFOBAÇÃO!

Neste sábado (18), o Palmeiras enfrentou o Santos no Porcoembu e aplicou uma senhora goleada: um 4 a 0 para ninguém botar defeito! Mais uma vez, mostramos que posse de bola não quer dizer nada e, principalmente, não vence jogo. Felipão está ultrapassado, eles disseram. Sampaoli é representação do futebol moderno e revolucionário. Nós vimos. 4 vezes

A partida válida pela quinta rodada valia, além dos 3 pontos, a liderança. O Santos passou mais tempo com a bola no pé, mas o Palmeiras estava bem preparado e soube impedir que essa posse se tornasse finalizações. Weverton trabalhou bem, Gustavo Gómez e Luan ajudaram a manter a casinha fechada. A marcação em cima do alvinegro foi precisa e eficaz, o adversário se manteve com a bola, mas não teve tanto espaço para nem conseguiu ser efetivo. A posse de bola pode ter sido maior para o lado deles, mas o controle do jogo foi alviverde. O Verdão deixou o Pacaembu líder isolado, com a melhor defesa e melhor ataque, além de ampliar o recorde: 28 partidas sem derrota no Brasileirão.

Felipão não veio pra fazer o time jogar bonito, mas para ser eficiente. Se der para ser bonito, é bônus. Com o elenco “inspirado”, é difícil bater o Verdão.

A partida começou pilhada, com os dois times marcando pesado, mas o Palmeiras surpreendeu com jogadas de velocidade e contra-ataques. A pressão alviverde estava tão forte que antes do primeiro minuto Raphael Veiga já tinha finalizado de fora da área. O Santos fez duas faltas fortes, também ainda no início, e uma delas teve uma consequência não muito boa. Pra eles, claro. Sánchez derrubou Zé Rafael perto da lateral, Dudu cobrou na medida para Gustavo Gómez mandar no cantinho da meta adversária. 6 minutos do primeiro tempo, 1 a 0 Palmeirão. E foi o suficiente para o Alviverde passar a ser o dono da partida. Zé e Veiga carimbaram a trave de Vanderlei na sequência, assustando ainda mais os visitantes.

Uma reação foi esboçada pelos adversários aos 15 minutos, quando Soteldo cruzou perigosamente para dentro da área. Algumas jogadas bonitas apareceram pelo lado do Palmeiras, e uma delas foi a bela troca de passes de Zéshow para Dudibres, que cruzou bonito para menino Deyverson marcar o segundo. O Santos conseguiu manter a bola por mais tempo, mas não conseguiu aproveitar essa vantagem. Estava bem claro quem estava em casa no Porcoembu. Aproveitando a desorganização adversária, o Verdão quase ampliou aos 21’, em nova tentativa de Deyverson. Antes do fim da primeira etapa, Veiga ainda fez Vanderlei trabalhar e garantiu um escanteio alviverde. Os primeiros 45 minutos (e acréscimos) foram totalmente nossos.

 

Com assistência de Dudu, Gómez e Deyverson

levam o Verdão para o intervalo na vantagem.

(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras / Divulgação)

 

Voltamos do intervalo ligados no 220, e continuamos a ditar o ritmo do clássico. O Santos até que tentou ir pra cima, mas a velocidade do Verdão garantiu ótimos contra-ataques. Isso sem falar no trio Luan, Gómez e Melo travando as jogadas adversárias.

Aos 5 minutos, nosso baixola dominou a bola com maestria e mandou uma bomba de pé direito, que infelizmente passou por cima da meta santista. Mas nem tudo estava perdido, já que em seguida Raphael Veiga disparou de longe, e a zaga alvinegra desviou e matou seu goleiro, que apenas viu a bola morrer de novo dentro das suas redes. Menos de 3 minutos depois, Zé Rafael voltou a assustar os santistas. Aos 20’, Dudibres recebeu pela direita, deu um lindo corte na marcação e bateu forte de canhota. Vanderlei fez milagre e evitou o quarto gol.

A essa altura jogo “tava” como? Santos trocou passes, Palmeiras fez gol. Santos ficou mais tempo com a bola, Palmeiras fez gol. Santos joga bonito, e adivinhem? Palmeiras fez gol. Ali pelos 26’ os visitantes conseguiram furar a marcação e finalizar com Soteldo, mas Weverton apareceu para garantir que continuássemos com a defesa que ninguém passa. Pelo menos por mais 90 minutos. Aos 30’ foi a trave quem nos salvou da bomba de Sánchez.

 

Raphael Veiga carimbou o terceiro do Verdão.

(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

 

Com o esboço de reação do Santos, nosso bigode resolver fazer suas alterações: troco Raphael Veiga e Zé Rafael por Moisés e Hyoran. E o camisa 28 entrou querendo jogo. No seu primeiro lance, dominou a bola e ficou cara a cara com Vanderlei. Tentou chutar rasteiro, mas o goleiro rival conseguiu defender sem muito esforço.

O Palmeiras jogava ligado, compacto, fechando os espaços e com marcação pesada. Luan e Gómez além de fechar a defesa, levavam perigo no ataque. Que dupla senhores! E o que falar de Marcos Rocha fechando tudo pelo direito? Além de cobranças de lateral que também levaram perigo ao gol adversário. Do meio para frente, Felipe Melo era o rei dos desarmes e dono das saídas de bola. Bruno Henrique não foi espetacular, mas totalmente eficiente na marcação.

Na linha de frente, o mesmo ataque que tentava lances bonitos também arriscava no chutão, e ainda descia para auxiliar a defesa. Definitivamente era o Palmeiras que a gente gosta de ver.

Aos 43’ Hyoran teve sua segunda chance, e essa não foi desperdiçada. Dudu recebeu e tocou com categoria para o camisa 28, que mandou direto para o fundo das redes, sacramentando a goleada e abrindo a temporada de pesca no Brasileirão. O Verdão veio tranquilo e o Santos afobado. O time da baixada passou mais tempo com a bola no pé mas não foi capaz furar a sólida defesa alviverde, que com Luan e Gómez está há mais 900 minutos sem sofrer gol.

 

Hyoran fechou a goleada e o caixão do peixe.

(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

 

A melhora de Dudu também merece destaque. O baixola tem conseguido mostrar grande volume de jogo, principalmente depois da entrada de Zé Rafael no time titular. O que Felipão dizia que era difícil (os dois atuarem juntos), se mostrou uma ótima saída para o ataque que não fazia gols.

O Verdão vira a chave para a Copa do Brasil e enfrenta o Sampaio Corrêa na próxima quarta-feira (22), às 19h15, fora de casa. Pelo Campeonato Brasileiro, volta a campo no dia 25, às 16h, em Brasília, contra o Botafogo.

A última vez que o Palmeirão perdeu no Brasileiro? Faz 84 anos.

 

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Por Vânia Souza