VOCÊS NÃO FAZEM IDEIA DO QUE É SER PONTEPRETANO!

 

Algumas pessoas costumam zombar do meu amor pela macaca, dizem que é apenas futebol, que são apenas onze jogadores que ganham bem de cada lado, correndo atrás de uma bola. Dizem que os jogadores nem sabem que a gente existe, que não entendem por que ficamos nervosos, choramos e gritamos.

Na maioria das vezes eu nem respondo. Hoje cheguei a conclusão que não vale a pena discutir com quem não entende ou não respeita nossos sentimentos e opiniões. Deixem que pensem, deixem que falem, afinal de contas não nascemos para provar nada a ninguém, a não ser nós mesmos.

(Foto: Extraída da Internet)

Eu sempre disse em meus textos o quanto a Ponte Preta é importante para mim, o quanto fiz amigos no estádio, no dia a dia, nos grupos de discussões. O quanto é importante para mim estar ali naquele alambrado, onde as frustrações da vida ficam para trás e eu só consigo pensar naqueles noventa minutos que estão por vir.

Não é fácil ser pontepretano, não é fácil manter a tradição de família quando você torce para um time do interior. Não é fácil quando a mídia insiste que bom e grande são os da capital. Eu imagino o quanto deve ser difícil você torcer para seu time e não poder ir ao estádio, por que você escolheu torcer para o time que a mídia da Ibope, e não para o time da sua cidade. Mas não vou usar o texto para isso, até por que seria um julgamento e como eu disse acima, amor não se mede.

Passamos por um ano que até oito rodadas atrás, eu só queria esquecer. Caímos em 2017, fizemos um campeonato paulista muito ruim, e, até meados de setembro, éramos citados e grandes favoritos a cair novamente e amargar uma Série C.

Mandaram embora o cara que mais se identificava com a Ponte, alegando que ele já não tinha o controle sobre a equipe. Trouxeram então um treinador que tinha menos controle e identificação. Foram cinco rodadas com ele, passando nervoso e sem a menor perspectiva de melhora. Contávamos nos dedos, com a tabela aberta, quantos pontos faltavam para não cairmos, até que anunciaram Gilson Kleina. Confesso que eu fui muito contra, a dança das cadeiras na Ponte Preta com técnico repetido, é sensacional. A única coisa que eu sabia pedir, era para queimar a língua. E não é que queimei?

Kleina chegou com seu jeito quieto de sempre, sem muita expectativa e com a missão de nos tirar da degola. Com o discurso de que os jogadores não sabiam o peso que nossa camisa tem, jogo a jogo foi crescendo. Éramos 11° colocados, depois 10°, 09°, e após oito jogos sem perder, hoje ocupamos a segunda colocação na tabela (pelo menos até que a rodada se encerre no sábado).

É, por que um time que ficou nove jogos sem vencer, não pode ficar nove sem perder?

Se milagres no futebol acontecem, meus amigos, vocês estão vendo isso ao vivo e a cores.

Por que não sonhar? Por que não acreditar?

Faltam apenas noventa minutos para que o grito “Nós voltamos”, saia do peito. Faltam noventa minutos para mais uma decisão. Eu acredito no milagre, e você?

Eu sempre disse que dia vinte e quatro de novembro, eu estaria comemorando o acesso, e hoje, ele está mais perto do que eu imaginava.

Aparecida do Norte é logo ali!

 

Preto e Branco é minha cor!

Por Li Zancheta