WAKA WAKA THIS TIME FOR BANYANA BANYANA

Conheça a seleção Sul-Africana, caçula dos Mundiais femininos


 

A Copa do Mundo da África em 2010, fez pessoas de todas as nacionalidades, torcerem pelos Bafana Bafana ( os meninos, apelido da seleção masculina), ao som de Waka Waka. Em 2019, será a vez dessa corrente ser em prol do futebol feminino, desta vez é por elas!

 

Então vamos conhecer as Banyana Banyana (“as meninas”, apelido das sul-africanas)!

 

Seleção sul-africana de Futebol. Foto: South Africa Oficial

 

A seleção sul-africana de futebol feminino fará sua estreia em mundiais, mas já disputou dois jogos olímpicos (2012 e 2016), caindo em ambas as ocasiões na fase de grupos. Agora as sul-africanas tentam reescrever sua história no futebol mundial, com uma verdadeira pedreira pela frente. É que as Banyana Banyana cairam no temido grupo da morte, ao lado de China, Alemanha e Espanha.

 

CONVOCADAS

 

A treinadora Desiree Elis, divulgou a lista completa de convocadas, incluindo três suplentes. Nompumelelo Nyandeni e Ongeziwe Ndlangisa, e a goleira Jessica Williams, participarão do amistoso contra a Noruega, no dia 02 de junho e depois retornarão à África.

 

“Para um torneio como a Copa do Mundo, você precisa ter jogadoras em prontidão no caso de uma lesão. A razão pela qual estamos indo com elas para a França é que ainda temos uma partida para jogar e não queremos ter que chamar alguém depois por qualquer motivo. Além disso, elas estarão no mesmo nível de preparo físico que as outras jogadoras. Não será um desafio apresentá-las  à equipe - então, em outras palavras, temos sempre que estar preparadas”, declarou a treinadora.  

 

Desiree Elis, é a treinadora. Foto: South Africa Oficial

 

Confira a lista de convocadas:

 

Goleiras: Andile Diamini (Mamelodi Sundowns FC),  Kaylin Swart (Golden Stars FC) e Mapaseka Mpuru ( Universidade de Pretória);

 

Defensoras: Lebohang Ramalepe (Ma-Indies FC), Nothando Vilakazi (FK Gintra Universita), Noko Alice Matlou (Ma –Indies FC), Janine Van Wyk (JVW FC), Bambanani Mbane (Bloemfontein Celtic), Bongeka Gamede (Universidade do Cabo Ocidenta) e Tiisetso Makhubela ( Mamelodi Sundowns FC);

 

A zagueira Nothando Vilakazi. Foto: South Africa Oficial.

 

Meio-campo:  Refiloe Jane ( Solto),  Mamello Makhabane (JVW FC), Karabo Dhlamini ( Mamelodi Sundowns FC), Leandra Smeda ( Vottsjo GIK), Kholosa Biyana ( Universidade de Kwazulu Natal), Busisiwe Ndimeni ( Universidade de Pretória), Sibulele Holweni ( Senhoras Sophakama / HPC) e Linda Motlhalo ( Beiging BG Phoenix FC);

 

Ataque: Rhoda Mulaudzi ( Solto), Thembi Kgatlana ( Beiging BG Phoenix FC),  Jermaine Seoposenwe (FK Gintra Universita), Amanda Mthandi( Universidade de Joanesburgo) e Ode Fulutudilu ( Malaga FC).



 

DESTAQUES

 

A zagueiras e capitã Janine Van Wick é a principal atleta do time, atuando 159 vezes pela seleção. Outro destaque é a jovem atacante Chrestinah Thembi Kgatlana. Com apenas 22 anos, a jogadora já foi eleita a melhor jogadora africana, além de faturar o prêmio de gol mais bonito, em uma disputa com todas as categorias do futebol africano, incluindo os homens. Os prêmios são referentes a última temporada (2018).

 

A atacante Thembi Kgatlana recebeu em janeiro, o prêmio de melhor atleta africana da temporada. Foto: Reprodução/Facebook

 

Kgatlana não esconde sua ansiedade em disputar a Copa, além de carregar o sonho de balançar as redes durante o torneio. Mas se engana quem pensa que para por aí.

A atacante marca um golaço na luta pela igualdade de gênero e na luta por incentivos ao futebol feminino:

 

“Nós, mulheres, estamos disputando os mesmos esportes que os homens, e com maior frequência entregamos resultados muito melhores do que eles. E ainda assim vemos desigualdade de gênero?” - questiona a jovem atacante sul-africana.

 

Sobre o sexisismo no esporte, em especial o caso com a norueguesa Ada Hegerberg, que ouviu frases machistas durante a entrega do prêmio de melhor do mundo na França, ela disse:

 

“Isso me incomoda, sim. Falando com sinceridade, por que as mulheres sempre têm de ser oprimidas? Não apenas nos esportes, mas na vida de modo geral. Por que todas as regras e regulações encurralam as mulheres e limitam seu potencial?”

 

Agora é lutar para que dentro do próprio país o esporte seja reconhecido e valorizado. O Mundial tem sido a vitrine, e o patrocínio já chegou, falta o apoio do povo!


 

Por Mariana Alves

 

Fonte: O Globo

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